domingo, 19 de dezembro de 2010

34 - Era Uma Vez... O Inicio

Depois de ter descoberto que ele não era meu suposto pai e ter denunciado ele a policia, eu fiquei com peso na consciência.

Eu sei que todas as evidências apontavam a um só suspeito: Meu pai, ou melhor, Carlos! Mas será mesmo que foi ele, afinal a palavra “suspeito” não quer dizer “o assassino”, não tem nada confirmado. Tentei não pensar nisso, fui arrumar meu quarto, depois tentei fazer algum dever de casa, mas não conseguia. Então decidi ir mesmo até minha mãe e perguntar, peguei as certidões e fui até ela:

Alicia- Mãe, preciso muito falar com a senhora.

Cintia- Fala Liz.

Ela estava no quarto desfazendo as malas.

Alicia- É que eu estou com uma dúvida.

Cintia- Já até imagino o que seja.

Alicia- Já? Como assim? – Me assustei, afinal, só o Guto e a Mari sabiam.

Cintia- Claro né Liz, e a resposta é: Tudo muito bem, tudo muito bom.

Eu realmente não estava entendendo nadinha, será que estávamos pensando na mesma coisa?

Alicia- Mãe, do que a senhora está falando?

Cintia- Da viajem ora essa, do seu tio, da família. Com exceção do infarto imprevisível do seu tio, foi tudo a mesma coisa. Todos te mandaram um beijo e uma porção de juízo.

Alicia- Ah! – disse com um sorriso – Mas não era bem disso que eu queria falar.

Cintia- Não? Então o que é?

Alicia- É melhor sentarmos.

Cintia- Alicia o que está acontecendo, está me assustando.

Alicia- Então prepare o coração mãezinha que a história é longa e assustadora.

Cintia- Ah não! – disse assustada e levando a mão até o peito- Você não fez outra coisa errada não né? Você viajou de novo? Você se drogou? Se tiver...

Alicia- Calma dona Cintia, respira. – Interrompi com um riso irônico.

Cintia- Está rindo do que? Vai desaba a notícia.

Alicia- Primeiramente, eu quero deixar claro: Dessa vez, eu não fiz nada. Nem sei realmente o porquê de tudo ter acontecido assim.

Cintia- Fala Liz, você está me deixando nervosa.

Alicia- Antes de tudo me explique uma coisa. Eu estava arrumando a casa com a Mari e encontrei isso. – Mostrei a certidão.

Cintia- Ah! É isso? – disse com um alívio.

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