
Estudamos a tarde inteira e quando demos uma pausa notei que a Mari estava triste.
Alicia- O que foi amiga?
Mari- Ah, nada. – Deu um sorriso forçado.
Eu cheguei mais perto olhei nos olhos dela e perguntei de novo:
Alicia- O que foi Mari?
Ela deixou cair uma lagrima.
Mari- Ah amiga, faz muito tempo que eu não vejo minha mãe, ela não me liga e quando liga é pra discutir com meu pai, ela nunca tem tempo pra mim, nunca pode vir me visitar, nem pra tomar um sorvete comigo. Ontem quando eu liguei feliz pra contar que eu fui destaque em matemática ela me cortou dizendo: AGORA NÃO MARINA, EU JÁ TI PEDI PRA NÃO ME LIGAR. QUANDO EU QUIZER FALAR COM VOCÊ EU TE LIGO. E simplismente desligou na minha cara.
Alicia- Ah amiga sinto muito. Eu sei bem como é isso, cresci com um “pai” assim. Mas veja pelo lado bom você tem seu pai, inteligente, legal, presente e é super engraçado. Eu daria tudo pra ter um pai assim. – Mudei de tom, pra um mais triste. – Mas vamos fazer assim, eu te empresto minha mãe e você me empresta seu pai, ein? ein? ein?
Mari deu um sorriso e me abraçou chorando.
Mari- Obrigada amiga.
Alicia- Ei. – Levantei o rosto dela e enchuguei a lagrima dela- Eu to aqui, pra sempre.
Demos um sorriso emocionado.
Alicia- Tá, vamos parar com essa melancolia né? Parecemos duas emos aqui. – risos – Vamos comer.
Fizemos um belo sanduiche de chedar, um suquinho de laranja, sentamos no sofá e ligamos a tv.
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