domingo, 19 de dezembro de 2010

47 - Agora sim, é pra sempre.


Liz- Meu Deus, e toda a história se encaixa. O nome do seu pai ter mudado, foi por ter casado com a sua mãe, e o fato de nos conhecermos a tantos anos é por que, como minha mãe disse, ele praticamente me criou. Mas mãe e o carlos?

Cintia- Eu nunca fui casada com ele, ele era apenas um amigo meu na época que aceitou te dar um nome, nunca nem moramos juntos.

Liz- Isso explica ele nunca ter sido presente.

Mari- Aquela tal frase “Amigas por destino, irmãs por opção” hoje virou o contrário, “Amigas por opção, irmãs por destino” mas nesse caso a opição foi dos nossos pais. – Rimos.

Cintia- Então, eu acho que não teremos problemas em fazer um almoço amanhã com a familia.

Liz- Claro que não, temos mesmo que comemorar.

Mari- Agora você pode parar de chamar o meu pai de tio, Liz. Pode chamá-lo de Pai. – rimos.

Liz- É, quem sabe. Mas agora somos exatamente, Para sempre.

Cintia- O mesmo serve pra você Mari. – Disse com vergonha.

Mari deu um sorriso. E finalmente essa história foi esclarecida.

Guto- Você ficou dias angustiadas e em apenas 15 minutos de conversa a angustia se transformou em alegria.

Liz- Nem me fale. E você sabendo de tudo em amor, nem pra me contar.

Guto- Eu comecei a desconfiar hoje, quando você me contou a história toda, liguei uns pontos aqui outros alí, resolvi conversar com a sua mãe e pronto, esclareci tudo.

Mari- Nossa, somos bem lerdar ein Liz, nem disconfiamos.

Liz- Verdade. – rimos.

Guto- Amor, agora é a hora de você contar pra sua mãe sobre o Carlos né?

Cintia- Contar o que? – Perguntou preocupada.

46 - Uma Melhor Amiga... Oops... Melhor Irmã.



Fomos assistir televisão enquanto esperavamos minha mãe. Não conseguia me concentrar em nenhuma cena do filme, sabe quando você assiste mas não vê? Eles falam mas você não ouve? Eu estava exatamente assim. A única coisa que meu cérebro conseguia pensar era “QUEM ERA O MEU PAI?”, O que Guto e a mamae estavam escondendo. Passou-se exatas meia hora minha mãe chegou e eu fui logo perguntando e pedindo explicações.

Cintia- Calma Liz! Calma.

Liz- Estou tentando mãe, mas eu preciso saber da verdade, por favor não me enrrola, não me deixe mais aflita.

Cintia- Tudo bem, sentem-se todos.

Todos nos sentamos, desligamos a televisão e e grudamos os olhos na minha mãe.

Cintia- Todos sabem da história que teve como final, eu e o Roberto separados não é?

Respondemos como um coro “Sim!”.

Cintia- Então, vocês se conhecem, ele praticamente te criou...

Liz- Não vai me dizer que o Carlos é o tal Roberto que trocou de nome. – interrompi.

Cintia- Não, nada a ver. Mas continuando, ele me ajudou a criar você, ele te reconhece como filha e é apaixonado com você...

Liz- Mas ele tem outro filho não tem?

Cintia- Tem sim.

Mari- Para de interromper Liz.

Liz- Ata, desculpa.

Cintia- E você conhece esse outro filho que ele tem Liz, vocês se dão bem até de mais.

Liz- Não! Não pode ser.

Guto- O que?

Liz- Você é o tal outro filho? Então, você é... você é meu irmão? - Disse com a voz trêmula.

Guto- Eu? Não.

Cintia- Liz, eu queria que ele estivesse aqui nesse momento, mas ficamos com medo da reação de vocês.

Mari- Vocês? – Disse olhando pra mim.

Liz- Vocês quem? – Olhei pra Mari.

Cintia- Calma meninas, mas é que... – Ela fez a tal pausa dramática.

Liz- Mãe? – Interroguei com os olhos cheios d’agua e um imenso sorriso.

Cintia- Sim, vocês são irmãs. Meia irmãs.

Eu acho que estoramos os típanos de toda a vizinhança, pois o grito que demos foi o mais alto que já ouvi na vida. Choramos, sorrimos e nos abraçamos. Foi o momento mais lindo da minha vida, a noticia mais perfeita.

45 - Literalmente "Estranho". Parte II

Lá dentro...

Mari- Liz, você tem que falar sobre aquilo com o Guto lembra?

Liz- Aé mesmo.

Guto- O que?

A Mari logo pulou na frente do Guto e com um senso de humor imbatível ela gritou.

Mari- Você vai ser papai. Ela está gravida.

Guto- O que? – Disse hiper assustado.

Eu olhei com uma cara assustada pro Guto.

Guto- Como assim Alicia? Então não é meu.

Liz- E nem meu. Só se for pelo beijo ou quem sabe telepatia.

Todos morremos de rir.

Guto- Mari retardada. Quer me matar?

Mari- Nossa gente, vocês são tão bobinhos. Precisava ver a cara dos dois, impagável. Mas agora falando sério, a Liz tem mesmo um assunto sério pra tratar com você.

Guto- Comigo?

Liz- É. Por que o senhorito saiu cedo da escola hoje e o que fazia aqui em casa?

Guto- É... – Gaguejou – Sua mãe não conversou com você?

Liz- Sobre o meu pai?

Guto- Exato.

Liz- Não! Quando ela iria falar algo a respeito o telefone tocou e ela saiu as pressas.

Guto- Ah, então deixa pra lá.

Liz- Gustavo Rodrigues o que você está escondendo? O que sabe que não quer me contar?

Guto- Amor, sua mãe vai esclarecer todas suas dúvidas. Eu não tenho a permição pra te contar. Desculpa.

Liz- Tá tudo bem.

Guto- Não fica chateada ta amor, mas é que eu não posso passar na frente da sua mãe.

Liz- Tudo bem amor, eu te entendo.

Guto- Obrigada gatinha. – Me deu um beijo.

Mari- Vida de vela é tão triste.

Liz- Essa Mari deveria ser comediante. – Rimos.

44 - Ciumento, para de ser tão Ciumento.

DING-DONG

Mari- Matheus?

Alicia- Ele deve ter voltado pra te dar um beijão.

Mari- Boba.

Abri o portão e a surpresa: Guto.

Alicia- Amor, que surpresa.

Guto- Deve ser mesmo né Alicia, estava esperando outro alguém?

Alicia- Não, porque?

Guto- Vou ser bem direto Alicia, o que o Matheus estava fazendo aqui?

Alicia- Ah, ele veio pedir desculpas pelo que ele fez aquela época, agora realmente ele estava arrependido.

Guto- Era só pra pedir desculpas mesmo ou tem algo rolando que eu não saiba?

Alicia- Pode parar Gustavo, por favor. O que foi? Não confia em mim?

Guto- Desculpa Liz, mas você sabe que eu tenho medo... Você sabe. – Disse com um tom pouco triste.

Alicia- Ei, amor eu jamais faria algo pra te magoar de novo. Eu te amo. – Dei um sorriso pra ele.

Guto- Eu também amo você.

E com um abraço aquela disconfiança foi embora.

Mari- Vou confessar pra você Guto, por que sou sua amiga.

Guto- Confessar o que?

Mari- Rolou um climão lá na sala.

Guto- Como assim? – disse desconfiado.

Mari- Pergunta pra Liz. Eu não queria dizer mas, rolou sim. Um Climão. – Ela riu.

Alicia- Claro, Óh! Climão. – Eu ri.

Guto- Dá pra me explicar?

Alicia- Eu conto ou você conta?

Mari- Pode contar.

Alicia- A Mari sempre foi apaixonada pelo Matheus, mas como ele sempre foi um babaca ela preferia tentar esquece-lo, tanto é que ela conseguiu...

Mari- Por um tempo. – me interrompeu.

Alicia- É, por um tempo, mas hoje, na minha casa, na minha sala, no meu sofá milagroso...

Mari- Com aquele olhar, aquele jeito que eu sempre quis, dizendo as palavras certas e sinceras... – Me interrompeu de novo.

Alicia- Ué, eu falo ou você fala? – A Interrompi com risos.

Mari- Desculpa continua.

Alicia- Eles conversaram e ele adimitiu que gostava dela mas nunca assumiu por ela sempre tratar ele mau, e emfim se acertaram, ou seja, um ama o outro. Não é Mari?

Mari- É... Mais ou menos.

Guto- Que romantico. – Ironizou – Mas cuidado querida, sabe como é aquele lá ne?

Alicia- Mas ele mudou, realmente.

Guto- AHAM. Só acredito vendo.

Mari- Ah, então espera pra ver bobinho.

Rimos.

Alicia- Explicado?

Guto- Explicadissimo.

Alicia- Então vamos parar com essa “lavação de roupa” aqui fora e vamos entrar?

Guto- Vamos.

Mari- Vamos pra sua casa, pra sua sala, pro seu sofá milagroso mas dessa vez a vela sou eu.

Alicia- Vamos lá então velinha oficial.

Todos rimos e entramos.

43 - Um Ex-Safado Apaixonado


Matheus- É, eu sempre fui doido por ela e na quarta série eu disse que só saia do armário se ela me desse um beijo.

Alicia- Se você saiu, quer dizer então que vocês se beijaram?

Mari- Foi o primeiro beijo mais estranho que alguém podia ter.

Matheus- Foi o beijo mais especial, quer dizer, todo primeiro beijo é especial.

Mari- Primeiro? Seu? Mas você...

Matheus- É eu menti. – Ele interrompeu ela – Eu sempre disse que já tinha beijado muitas antes de você mas, você foi a primeira.

É eu realmente estava sobrando ali. Mas achei fofo. E não sei por que mas senti que ele estava sendo sincero.

Mari- Que fofo! Mas por que dizia que eu fui mais uma?

Matheus- Eu tinha medo, você não gostava de mim então não queria me iludi com você.

Mari- Quem disse? Eu fiquei 3 anos da minha vida apaixonada por você desde aquele dia.

Matheus- Pena que não é mais.

Mari- É... Bom...

Ela olhou pra mim com um olhar tipo “ME SALVA”.

Alicia- Matheus, você está bem agora?

Matheus- Sim, bem melhor. Obrigado garotas, isso significou muito pra mim. Agora eu preciso ir embora.

Alicia- Já vai?

Matheus- É eu preciso ajudar minha mãe.

Alicia- Tudo bem.

Levamos ele até o portão, nos despedimos com um abraço e um beijo no rosto. Entramos.

Olhei pra Mari com uma carinha.

Alicia- Eu estou sentindo cheiro de amor no ar.

Mari- Estranho! Eu não. – Rimos.

42 - Um Safado Redimido

DING-DONG

Alicia- Chegou!

Abri a porta e ele logo me abraçou. Arregalei os olhos e me assustei.

Alicia- Calma, o que houve?

Mari- Que isso Matheus? Senta aqui.

Ele soluçava. Todos sentamos no sofá.

Matheus- Primeiramente, eu queria te agradecer por não me odiar, por me receber e por ter me perdoado.

Alicia- Todo mundo erra.

Mari- As vezes erra até de mais.

Alicia- Mari!

Mari- Tá parei.

Matheus- Eu sei, ela tá certa, eu errei e até de mais. Mas eu realmente me arrependi, não queria ter te magoado não queria ter te prejudicado. Se eu pudesse voltar atrás nada disso teria acontecido. Por favor aceite minhas sinceras desculpas, de verdade.

Alicia- Ah Matheus, eu já te perdoei de verdade.

Matheus- Obrigada Liz, nessa etapa da minha vida é nescessário estar bem com todos que eu gosto não é?

Alicia- Deve ser. Mas que etapa?

Matheus- Nada. Mari você também me perdoa por eu ter te chamado de “Mimadinha Fútil”, por ter jogado tinta no seu cabelo quando você fez escova pela primeira vez na terceira série, aquela vez na quarta série que eu prendi você no armário do zelador comigo, por sempre ter jogado a bola na sua cabeça, em fim, todas as babaquisses que eu fiz pra chamar sua atenção desde a terceira série?

Mari- Ah... Cla..Claro. – Ficou sem palavras.

Alicia- Como assim? – Eu ri – Vocês ficaram presos no ármario?

Todos rimos.