sábado, 18 de setembro de 2010

31- História mal contada. Pai?

No dia seguinte...
Dormi muito mau a noite e quando acordei já fui intimada à ir depor na delegacia.
De novo? que saco, ja disse tudo ontem.
Delegado: Como era o simbolo que você viu?
Alicia: Ah eu não lembro bem, mas acho que é assim. - peguei um papel, caneta e desenhei.
O Delegado assustado, disse: Esse é o cara que estamos procurando. Há um mês ele está invadindo casas e matando mulheres, mas adolescentes são alvo facil e preferido dele.
Alicia: Meu Deus! E qual o nome do sujeito?
Delegado: Ainda não temos a ficha dele.
Fui liberada. Eu e a Mari fomos lá pra casa arrumar a bagunça da noite anterior.
Depois de tudo arrumado eu e mari entramos no computador pra pesquisar mais sobre aquele simbolo, descobrimos que ele simboliza o desprezo da virgindade, é a volta ao paganismo antigo, cujos “deuses” promoviam as danças com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, ou seja, símbolo de perversão sexual, contra a pureza sexual criada por Deus.
Alicia: Meu Deus, credo! Esse cara era então um Tarado.
Mari: Não precisa de nenhum simbolo pra deduzir isso ne Liz.
A Mari estava arrumando uma gaveta da sala que havia caido e encontrou minha certidão de nascimento.
Mari: Liz, qual o nome do seu pai mesmo?
Alicia: Carlos Monteiro, por que?
Mari: Na sua certidão de nascimento está Roberto Martins.
Alicia: Roberto? Como assim, dexa eu ver.
COMO ASSIM?
Alicia: Mas essa certidão não pode ser minha, a minha é essa aqui. - peguei a minha certidão.
Mari: tem seu nome, nome da sua mãe, data de nascimento, tá tudo ai menos o nome do seu pai.
Alicia: Olha, Carlos Monteiro.
Mari: Mas... Olha aqui, em cima, tem o numero 2. Será que...
Alicia: Será que é uma segunda via?
DING-DONG
Fui atender a campainha. Quem será?

domingo, 5 de setembro de 2010

30 - Maníaco [Parte 2]

Lembrei que eu me escondia da minha mãe no canil quando pequena, então fomos pra lá. Não sei como ele sabia, mas foi o primeiro lugar que ele procurou. Quando vi ele na portinha do canil me desesperei e tentei correr, na correria deixei a faca cair no chão, mas ele me puxou pelo cabelo e me jogou no chão, parece que ele ia pegar alguma coisa no bolso, quando o Gustavo chegou por traz e li deu uma paulada. Infelismente não foi como filmes e novelas que depois de uma paulada as pessoas desmaiam, o cara tirou uma faca e acertou uma facada nas costas do Gustavo que imediatamente caiu ao chão. O cara estava meio zonzo, eu me levantei e o empurrei, pegando o pedaço de madeira que o Gustavo usou e acertei nas costas do cara. Finalmente a policia chegou e ao ouvir a sirene ele correu, tentei segura-lo puxando seu braço, mas ele me empurrou e fugiu, pensei em ir atráz dele mas fiquei mais preocupada com o Gustavo, que estava desacordado e sangrando no chão.
Alicia: Socorro, Socorro!
A policia invadiu minha casa, arrombando o portão, chamaram a ambulância para levar Gustavo imediatamente pro hospital. Parecia grave.
Fui com ele ao hospital, mas nao pude entrar no quarto, fiquei na delegacia (ao lado do hospital) dando depoimento.
Delegado: O que você viu? Descreva fisicamente.
Alicia: Ele estava encapuzado, não tinha como ver nada. A única coisa que eu vi foi um relógio aparentemente de ouro, e um colar com um simbolo estranho.
Fiquei duas horas na delegacia depondo, o Delegado recolheu os dados, mas acho que não vai adiantar muita coisa.
Fui para o hospital ver o Gustavo, ele ja estava medicado e com curativo, mais ainda estava desacordado.
Alicia: Obrigada, meu herói. Eu não sei o que vou fazer se eu te perder um dia Guto, você é a pessoa mais importante pra mim. (HEHE) Guto, o nome do meu antigo cachorro. Não leve a mal, não considere como ofença, ele também foi um grande herói meu. - chorando - Sabe, quando eu era pequena eu morria de medo de pomba, e uma vez tinha uma pomba na minha janela, e eu comecei a gritar de medo, e o Guto pulou na janela e estraçalhou a pombinha, ele caiu no jardim e torceu a patinha tambem, mas salvou a minha vida. Haha! - riso ironico - Mas ai ele morreu e eu fiquei sozinha.
Gustavo abriu o olho e disse:
- Ele pode ter morrido Liz, mas assim como eu, ele vai estar sempre com você. Estaremos sempre aqui pra te salvar de pombinhas ou maníacos.
Eu fiquei emocionada e dei-lhe um beijo.
Os pais do Gustavo entraram no quarto e eu deixei-os a sós.
Liguei pra Mari, expliquei tudo, e pedi pra durmir na casa dela e imediatamente ela deixou, foi ate me buscar no hospital.
Os policiais concertaram meu portão antes do amanhecer.

29 - Maníaco.

E o telefone toca de novo. Minha mãe deve ter esquecido de dizer algo.
Alicia: Alô?
E o telefone fica mudo e depois de 3 "Alô" desligou. Depois de 5 minutos tocou de novo e mais uma vez fica mudo. Comecei a ficar com medo. Tocou de novo, e eu desesperei.
Alicia: Para de me ligar, para de me atormentar.
A pessoa que me ligou deu uma risada debochada e desligou. Quem seria? Já vi que era homem, pois era uma voz groça.
Assustada, liguei pro Gustavo, expliquei a situação e pedi que viesse aqui em casa. Em menos de 10 minutos ele ja estava aqui. Tocou a campainha e eu assustei, fui correndo ao portao e voltei correndo pra dentro de casa.
Alicia: Que bom que você veio, estou com muito medo. - abracei ele.
Gustavo: Calma deve ser alguem brincando com você. Não preocupa que agora eu estou aqui.
Fomos pro meu quarto e tracamos a porta. Logo apos o telefone toca de novo e fica mudo. Liguei pra investigação e pedi que rastreasse o número que estava me ligando pra ver de onde era.em 5 minutos certinhos eu ouvi um barulho na porta da sala e o telefone tocou e desligou. Parecia cena de filme, o problema é que sabiamos que no filme tudo acabaria bem pois era ficção, aqui era real. Depois que o cara desligou, o telefone tocou de novo, e eu ja fui chingando.
Alicia: Olha aqui vai fazer esse tipo de brincadeira com a sua mãe, idiota.
Investigação: Calma senhora, somos da 1.9.0. Descobrimos de onde veio a ligação.
Alicia: Desculpe. Veio de onde?
Investigação: Veio de uma residencia na Rua Almeida Dias, número 170 Bairro Parque das Pedras, mais especificadamente da varanda.
Alicia: O...O...Obrigada. - desliguei assustada.
Gustavo: E ai, descobriram? Vem de onde?
Alicia: Sim, e vem aqui de casa. Da varanda.
Gustavo: Aqui? da varanda?
Alicia: É!
Ouvimos um barulhão então pegamos a faca , parecia que alguma coisa tinha caido no chão. O Gustavo abriu a porta do meu quarto e pra ver o que era, e viu a porta da sala arrombada, ele entrou correndo pro quarto e trancou a porta.
Alicia: O que foi?
Gustavo: A porta da sala ta arrombada.
Alicia: O QUE? - Me desesperei.
Peguei meu celular e liguei pra policia.
Alicia: Alô, socorro, tem um cara dentro da minha casa.
Policia: Mantenha a calma senhora, tente fica o mais longe possivel dele, e me diga seu endereço.
Alicia: Rua Almeida Dias, Numero 170 Parque das Pedras, por favor venham o mais rapido possivel.
Policia: Chegaremos ai em 10 minutos.
A porta se mecheu, parece que o cara tentou abrir a porta. Joguei o celular no chão e agarrei o Gustavo.
O Gustavo olhou a janela e viu que não era tão alto até o jardim, então pulamos. Eu torci o pé e não conseguia correr direito, corremos para o portão (tentei correr), o portão estava trancado. Com o barulho do portão o cara se alertou e olhou pela janela, nos viu tentando fugir e correu pra baixo. Olhei pra cima e ele estava lá olhando pra nós.
Corremos pros fundos, nao sabiamos oque fazer.

28 - Bicho papão?

Fui pra casa e fiquei pensando em tudo que aconteceu hoje, estava com a cabeça cheia, cançada, então fui tomar um banho.
Quando entrei no quarto, tinha uma pedra no chão amarrada a um envelope. Por onde teria entrado, olhei e vi que tinha deixado a janela aberta. Abri o envelope e lá estava escrito:
"Tem medo de bicho papão? É melhor ter. Cuidado com o cair da noite, ouvi dizer que lobisomens atacam durante a madrugada. HAHA!" Realmente não entendi, mas me arrepiei. Quem seria a pessoa idiota pra mandar esse trote? Deixei pra lá, e fui assistir TV na sala.
Acabei pegando no sono. Quando acordei ja era noite, desliguei a TV, tranquei a casa e subi para meu quarto. Arrumei minha cama e quando ja me deitava, lembrei que havia esquecido meu celular na sala, desci pra pegar. Ao atravessar o primeiro sofá vi um vulto na porta, na hora lembrei do envelope. Logo após o vulto eu ouvi um barulho na varanda, fiquei com medo e subi correndo. Entrei no meu quarto, tranquei a porta e me escondi de baixo do cobertor. Fiquei igual uma criança com medo, o unico problema é que minha mãe não havia voltado da viagem. Não ouvi nenhum outro barulho e consegui dormir.
Acordei assustada com a campainha tocando. Era a Mari, e eu estava atrazada pra ir à escola. Me arrumei rapidamente e fomos. Contei pra ela da minha noite, ela ficou arrepiada. Esquecemos esse assunto e foi mais um dia chato na escola, eu só não vi o Mateus lá.
Onde ele estava? Por que faltou? Talves estivesse passando mal, ou estava ocupado com algum trabalho, ou podia estar ocupado rondando a casa de alguem. Deixa! Estou muito preocupada pra pensar nele agora.
Voltei sozinha pra casa, com a sensação de estar sendo seguida. Como de costume estudei, assisti tv e me deitei. Não consegui dormir então fiquei ouvindo musica. Pra previnir deixei uma faca em baixo do meu travisseiro. O telefone tocou, e eu atendi assustada:
Alicia: Alô?
XXX: LIZ?
Alicia: Oi mãe. Que susto.
Mãe: Porque susto?
Alicia: Nada, é que eu estava ouvindo musica, nao esperava sua ligação. - Não disse o motivo real, pra nao preocupa-la.
Mãe: Está tudo bem ai?
Alicia: Sim, por que nao estaria?
Mãe: Nada, só estou preocupada, porque talves eu vou precisar ficar mais 2 dias aqui, seu tio teve um enfarte, e está no hospital.
Alicia: Tudo bem mãe. Não preocupe.
Mãe: Te amo filha, xau.
Alicia: Te amo também, xau.
Desliguei e deitei. Hoje está tudo bem, nada de anormal. Nada de bicho papão nem lobo mau.